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Maioria da população do Litoral aprova construção da Ponte de Guaratuba-Matinhos

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Foto: DER-PR

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Postado em 03/01/2024 por Sistema Plug

A construção da Ponte de Guaratuba-Matinhos, no Litoral do Paraná, deve melhorar a circulação dos turistas e moradores que se deslocam entre as duas cidades em busca de serviços de saúde, educação e atividades de turismo e lazer. Essa é a avaliação de uma pesquisa encomendada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que mostra que 97,9% das pessoas consultadas aprovam a necessidade da obra.

O levantamento, realizado pela Radar Inteligência, ouviu 440 pessoas, entre moradores e não moradores, que estavam em Guaratuba e Matinhos nos dias 11, 12 e 13 de novembro. Entre estas, 86,4% afirmam que a nova ponte é muito necessária, enquanto 11,5% entendem que a obra é necessária.

Esperada há mais de 30 anos, a construção da nova ponte iniciou em 27 de outubro com a instalação do canteiro de obras. O Governo do Estado está investindo R$ 386,9 milhões na estrutura, que terá 1.244 de extensão e será uma alternativa ao ferry boat utilizado para a travessia da baía de Guaratuba. 

“O povo paranaense entende a importância dessa obra tão necessária para o desenvolvimento do nosso Litoral. A ponte faz parte de um planejamento estratégico para a região, para impulsionar o turismo, os serviços e toda a economia das cidades litorâneas”, salienta o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Com esta obra e outros projetos que temos para a região, como a nova Orla de Matinhos e investimentos na infraestrutura nos sete municípios, estamos dando uma nova cara ao Litoral”. 

Na avaliação dos entrevistados, o maior impacto da obra será no campo do turismo: 73,7% acreditam que a Ponte de Guaratuba-Matinhos irá impulsionar o turismo local. Apenas 25,7% avaliam que o movimento turístico não sofrerá alterações com o projeto. 

A perspectiva também leva em conta as mudanças no fluxo de pessoas que fazem a travessia a trabalho ou para ter acesso a serviços de saúde e educação. Para 50,3% das pessoas que responderam o questionário, o fluxo por motivos de trabalho ganhará novas oportunidades. Em relação à saúde, 48,7% dos entrevistados entendem que a utilização da ponte melhorará o fluxo entre as cidades. Na educação, 31,3% entendem que a dinâmica para assuntos relacionados a esse tema será maior nos próximos anos. 

PÓS-FERRY BOAT – A pesquisa avaliou a percepção da população em relação à frequência de uso do ferry boat na travessia e como isso será impactado após a conclusão da construção, que tem um prazo de 24 meses de execução.

A amostra foi distribuída entre os dois municípios respeitando a proporcionalidade de sexo e de faixa etária das duas localidades, ouvindo a população a partir de 15 anos de idade. As entrevistas foram distribuídas em pontos de fluxo como as praias, avenidas comerciais, praças e bairros para alcançar representantes de grande parte dos territórios locais. 

Em Guaratuba, foram ouvidas 225 pessoas nas praias de Guaratuba e Barra do Saí, nos balneários de Coroados e Nereidas, no ferry boat, na Avenida Damião Botelho e nas ruas Vieira dos Santos, 28 de abril e Newton de Souza. Já em Matinhos, 215 entrevistados responderam o questionário, que foi aplicado nas praias de Matinhos, Brava, Flamingo, no Balneário Gaivotas, no ferry boat, no Mercado de Pescados Municipal, na Avenida Paraná e na Rua da Fonte. 

A maioria dos moradores de Guaratuba ouvida no levantamento utiliza atualmente o ferry boat por questões relacionadas à saúde (74,4%), educação (66,6%) e atividade religiosas (56,5%). Entre os moradores de Matinhos, a maior frequência de uso se deve às atividades religiosas (43,5%), negócios econômicos/financeiros (41,2%) e lazer ou turismo (35,5%). 

Turismo (34,2%), trabalho (22,3%) e visita familiar (19,6%) estão entre os principais motivos da travessia da baía de Guaratuba pelas pessoas que não moram nas duas cidades. 

Entre as pessoas que responderam o questionário, 39,6% moram em Guaratuba, 32,3% em Matinhos, 12,7% em Curitiba ou Região Metropolitana, 8,2% no Interior do Paraná, 3,6% em outro estado, 3,4% em outro município do Litoral e 0,2% em outro país.